segunda-feira, setembro 25, 2006

Uma passo dado na Galeria do Rock

Este último fim de semana chegou a minha hora de realizar algo que já pretendia desde o meus 18 anos. Agarrei no desenho que religiosamente guardei durante todo este tempo e decidi ir à Galeria do Rock , aqui em São Paulo. Um colega meu do trabalho recomendou o lugar e de facto nunca tinha visto nada assim na vida. Um centro comercial com 5 pisos, umas 15 casas de tatuagem e piercings, montes de lojas com venda de material gótico e de rock, casas de instrumentos musicais, lojas de roupa gótica, e outras tantas lojas de estampagem na hora. Enfim, uma galeria com um público muito especifico, e onde sabia que não era o meu mundo. Mas o meu propósito ali reduzia-se a um, realizar a minha vontade. Encontrei então a loja que me recomendaram, André Tattoo Shop, e esperei a minha vez. Tive umas 3 horas a espera, tempo de sobra para ir embora se tivesse dúvidas do que queria fazer. Dei a folha de papel com o esboço, e pedi que alterasse um ou outro pormenor. Quando chegou a minha vez sentei na cadeira e o André começou a tatuar-me, reparei que ao lado tinha dois irmãos mexicanos, um a mostrar o desenho que tinha no antebraço para o tatuador, e seu irmão estava a ser tatuado nas contas junto à nuca. O desenho que os unia a partir daquele momento era o de um mexicano com um largo chapéu na cabeça, com uma guitarra pequena nas mãos, debaixo do sol, e encostado a um cacto. A vontade que me levou a fazer a tatuagem, era bem diferente do rapaz ao lado que estava acompanhado com a avó, mas que se pode dizer? Quando temos um sonho, uma vontade acho que devemos ir atrás e fazer o possível e o impossível para realizar, eu decidi fazer nesta altura pois vai marcar o melhor período da minha vida…

sexta-feira, setembro 01, 2006

A minha alegre casinha tão modesta quanto eu…

Como é bom morar num lugar onde nos sentimos bem, depois de um longo dia de trabalho, nada melhor que ir para casa e ficar a vegetar no sofá a ver uns filmes dobrados no ‘português de cá’. É brincadeira ver um filme como Mr. and Mrs. Smith dobrado, aliás é impossível para quem adora cinema americano como eu. Coisas que nunca tinha feito na vida, agora por necessidade e porque acima de tudo eu acredito que este estágio também nos serve para evoluir-mos como pessoas, eu agora já posso me orgulhar que aprendi a fazer um arroz doce, um arroz com cenoura, fazer uma salada, um macarrão, esparguete à bolonhesa, omeletas de queijo, e uns grelhados razoáveis. Vocês, podem perguntar: “Qual é a dificuldade?”- A melhor resposta que eu recebi, foi: “Como cozinheiro, és um excelente engenheiro!”. Agora tramado é a loiça para lavar, que saudades que eu tenho de a loiça aparecer como por magia toda arrumadinha e lavadinha no lugar devido. A falta de tempo não me permite que tenha a casa sempre arrumada, pois a maior parte dos homens nasce sem aquela parte do cérebro do ‘tenho que arrumar’, ‘tenho que limpar’. Uma coisa que não se pode faltar aqui é pagamento das contas da casa, caso contrário acontece algo como chegar a casa, de noite e não ter luz. Enfim, de resto aqui por São Paulo, tenho ido a menos baladas, mas quando tenho um tempo livre de fim de semana, tento passar junto a minha família adoptada aqui em São Paulo, a Tatiane, Ana, Alexandre, Cátia e um amigo que conheci aqui no Brasil chamado Zé Pedro.